O microscópio é, sem dúvida, o principal instrumento de trabalho para a maioria dos Biomédicos. Não é à toa que no símbolo do nosso curso há um microscópio no centro. Você já parou para pensar como foi que chegamos ao modelo atual, presente na maioria dos laboratórios?
Confira agora uma breve história sobre ele!
2.000 a.C. – De acordo com um antigo texto, os chineses viam espécimes ampliados através de uma lente no final de um tubo que era preenchido com água. Os níveis de água dependiam do grau de ampliação que eles desejavam.
1590
1590s – Hans Jansen e seu filho Zacharias Jansen (Países Baixos) eram fabricantes de óculos e criaram um microscópio, que poderia ser considerado o primeiro. Ele consistia de três tubos cilíndricos usados para apoiar a ocular. As lentes eram inseridas no final desses tubos. A lente da ocular era bi-convexa e a lente da objetiva era plano-convexa, uma combinação avançada para a época.
1625
1625 – Galileo Galilei ficou sabendo dos experimentos de Hans e seu filho e, com isso, começou a trabalhar com lentes. A invenção do microscópio foi atribuída a Galileo, mas foi contestada por outros. Foi descrito como um “telescópio modificado para ver objetos de muito perto”. Johannes Faber, amigo de Galileo, conferiu ao instrumento o nome de microscópio, antes chamado de "occhialino".
1665
1665 – Robert Hooke publica a obra Micrographia que continha a descrição detalhada de 57 observações realizadas com o microscópio que o próprio cientista fabricou. Nesta obra aparece pela primeira vez o termo célula, ao referir-se aos poros observados numa fina lâmina de cortiça, que o faziam lembrar das celas dos monges.
1675 – Entra Anton van Leeuwenhoek, que usou um microscópio com uma lente para observar insetos e outros espécimes. Ele foi o primeiro a observar uma bactéria.
Com o tempo o microscópio tornou-se popular, e um motivo foi a descoberta de que combinando dois tipos de lentes o efeito cromático era reduzido.
1730s – O próximo grande passo da história do microscópio ocorreu com a invenção das lentes acromáticas (sem cor) por Charles Hall. Ele descobriu que usando uma segunda lente de forma e propriedades refratoras diferentes, poderia-se realinhar as cores com impacto mínimo na ampliação da primeira lente.
1830
1830s – Joseph Lister resolveu um problema, colocando as lentes em distâncias precisas uma da outra, fornecendo uma ampliação mais nítida.
Combinadas, essas duas descobertas (1730 e 1830) contribuíram para um incrível aumento na qualidade da imagem.
1863 – A empresa Ernst Leitz, fabricante de microscópios, introduziu o primeiro revólver giratório, com nada mais nada menos que cinco objetivas. Mais tarde Ernst Abbe, dono da empresa, desenvolveu um conjunto de 17 objetivas, incluindo três de imersão.
1930s – Fritz Zernike descobriu que ele podia ver células não coradas usando a transformação das diferentes fases dos raios de luz em diferenças luminosas. Ganhou o Nobel de Física em 1953.
1931
1931 - Max Knoll e Ernst Ruska inventaram o primeiro microscópio eletrônico. A diferença básica entre o microscópio óptico e o eletrônico é que neste último não é utilizada a luz, mas sim feixes de elétrons.
Com o passar dos anos as técnicas foram aprimoradas e assim chegamos ao microscópio como conhecemos hoje.
Novidades – Microscópios digitais: permitem a transmissão da imagem, em tempo real, a uma televisão ou computador e está ajudando a revolucionar a microfotografia. Há uma terceira ocular com uma câmera acoplada, permitindo a visualização em uma TV ou PC.
Dino-Lite: é um microscópio digital portátil, quase do tamanho de uma caneta. A capacidade de ampliação é de até 500x. Tem sido muito usado em indústrias para fazer inspeções.
Fonte: https://www.biomedicinapadrao.com.br/2013/05/um-breve-historico-sobre-o-microscopio.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário