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"Este cerrado é um pouco como o nosso povo brasileiro. Frágil e forte. As árvores tortas, às vezes raquíticas, guardam fortalezas desconhecidas. Suas raízes vão procurar nas profundezas do solo a sua sobrevivência, resistindo ao fogo, à seca e ao próprio homem. E ainda, como nosso povo, encontra forças para seguir em frente apesar de tudo e até por causa de tudo"

Newton de Castro


domingo, 8 de maio de 2016

Citoplasma e organelas citoplasmáticas

Citoplasma e Citosol 

Na célula, o citoplasma se encontra entre o núcleo e a membrana plasmática. O citoplasma das células eucarióticas é formado pelo citosol, pelo citoesqueleto e pelas organelas citoplasmáticas, também chamadas de organóides. Nas células procarióticas, o citoplasma não tem citoesqueleto e apresenta apenas ribossomos como organelas. 

Citosol 

O citosol, material gelatinoso no qual as organelas ficam mergulhadas, é composto de água, sais minerais, proteínas, carboidratos, bases nitrogenadas e aminoácidos. No citosol ocorrem diversas reações importantes para o funcionamento celular e, também, o transporte de substâncias.
Para facilitar os estudos as organelas foram agrupadas em organelas relacionadas com a síntese, armazenamento e transporte de substâncias dentro da célula (ribossomos, retículo endoplasmático, complexo golgiense, lisossomos, peroxissomos, glioxissomos e vacúolo) as relacionadas com o metabolismo energético (plastos e mitocôndrias) e as organelas microtubulares (microtúbulos, cílios e flagelos).

Organelas relacionadas com a síntese, armazenamento e transporte.

1. Ribossomos: Responsáveis pela produção (síntese) de Proteínas nas células e podem ser encontrados ligados ao reticulo endoplasmático ou livres no citoplasma. Formado no nucléolo por proteínas em associação com ácido ribonucléico ribossômico (RNAr).
Duas subunidades com tamanhos diferentes (oito).
Presente também em células procariotas e em organelas como plastos e mitocôndrias.
Todos os elementos envolvidos na síntese protéica têm associação temporária e são denominados de polirribossomos quando vários ribossomos associam ao mesmo RNA mensageiros para produzir grande quantidades de proteínas.



Os possíveis destinos das proteínas produzidas são:



2. Retículo Endoplasmático Rugoso (RER): É uma rede de bolsas e tubos membranosos localizados próximo ao núcleo, com ribossomos aderidos. Pode chegar a corresponder entre 50 a 60% do total de membranas das células. Apresenta comunicação com a carioteca. 
Funções: Transporte e a modificação de proteínas produzidas pelos ribossomos aderidos à membrana externa.

3. Retículo Endoplasmático Liso (REL): É uma rede de bolsas e tubos membranosos localizados próximos ao núcleo. Função: Desintoxicação celular (como o álcool, por exemplo, inativando-as e facilitando sua eliminação), síntese de lipídios (como o colesterol). 
O uso contínuo de drogas ilícitas (que agem no cérebro, modificando o comportamento do indivíduo) e de determinados medicamentos pode tornar o retículo endoplasmático liso das células do fígado mais desenvolvido, aumentando a quantidade de membranas e enzimas de desintoxicação. Dessa forma, esses produtos são neutralizados mais rapidamente. Esse processo torna o organismo tolerante à droga, fazendo que sejam necessárias doses cada vez maiores para que o mesmo efeito seja obtido. Além disso, o uso constante de uma droga pode diminuir a eficácia de outros medicamentos, como os antibióticos.



4. Complexo golgiense: Conjunto de sáculos achatados e empilhados. Sua função está relacionada à produção, ao armazenamento e a secreção de substâncias (proteínas, entre outras). Modifica, concentra e elimina vesículas com secreção. Encontrados próximos ao núcleo e ao retículo endoplasmático, são abundantes em células com função secretora. Desempenha importante papel na produção de espermatozóides dos animais, originando o acrossomo. 
Acrossomo é uma vesícula repleta de enzimas digestivas, ocupa o topo da “cabeça” do espermatozoide têm a função de perfurar as membranas do óvulo.



Processo de formação do espermatozoide


5. Lisossomos: Pequenas vesículas com enzimas digestivas. Bolsas membranosas que contêm um conjunto de mais de 80 tipos de enzimas digestivas, capazes de digerir grande variedade de substâncias orgânicas. Contém nucleases (digerem DNA e RNA) e proteases (digerem proteínas); Fosfatases (removem fosfatos de nucleotídeos e de fosfolipídios). 




Função heterofágica: Digerem material capturado do exterior por fagocitose ou por pinocitose. 



Função autofágica: Digerindo partes da própria célula (materiais e organelas da própria célula, stress, doenças reumáticas, silicose, metamorfose em anfíbios).



6. Glioxissomos: Presentes em fungos, protistas e vegetais. Convertem lipídios em açúcares para serem usados no metabolismo. São importantes na germinação de sementes de oleaginosas que apresentam em torno de 40% de reserva de lipídios.

7. Peroxissomos: Decomposição do peróxido de hidrogênio (H2O2). Esse composto é subproduto de reações químicas e extremamente tóxico aos tecidos vivos. A peroxidase ou catalase quebra a água oxigenada em água e oxigênio que são liberados para atmosfera produzindo efervescência em tecido vivos de contato.
Também tem a capacidade de quebra do etanol em produtos menos tóxicos (células do fígado) e quebra de gorduras produzindo Acetil-CoA para processo respiratório.




8. Vacúolos: São estruturas delimitadas por uma membrana existentes no interior do citoplasma e cujas funções variam em diferentes tipos celulares. Alguns protozoários de água doce, por exemplo, possuem vacúolos contráteis, que expulsam a água que entram em excesso na célula. Em células vegetais maduras, geralmente há um grande vacúolo central que ocupa grande parte da célula. Ele é o responsável pelo acúmulo de várias substâncias, como água, sais minerais, enzimas, pigmentos, gotículas de óleo, entre outras. E em células animais os vacúolos são responsáveis pela digestão intracelular.

Vacúolo de célula vegetal


Vacúolo de protista de água doce


Referências:
CURTIS, H. Biologia Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1985.
DE ROBERTIS, E. D. P e DE ROBERTIS JR. E.M.F. Bases da Biologia Celular e Molecular. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
JUNQUEIRA, L. C Biologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

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