Para aqueles que são amantes da natureza...

"Este cerrado é um pouco como o nosso povo brasileiro. Frágil e forte. As árvores tortas, às vezes raquíticas, guardam fortalezas desconhecidas. Suas raízes vão procurar nas profundezas do solo a sua sobrevivência, resistindo ao fogo, à seca e ao próprio homem. E ainda, como nosso povo, encontra forças para seguir em frente apesar de tudo e até por causa de tudo"

Newton de Castro


segunda-feira, 7 de junho de 2021

Subclasse Alismatidae

Liliopsida é um nome botânico para a classe que contém a família Liliaceae (ou Família de Lily). É considerado sinônimo (ou quase sinônimo) do nome monocotiledônea. A a circunscrição desta classe irá variar com o sistema taxonômico usado, na prática esse nome está fortemente ligado ao sistema de Cronquist e ao sistema aliado de Takhtajan . Esses dois são os únicos sistemas principais a usar o nome e, em ambos os sistemas, ele se refere ao grupo mais conhecido como monocotiledôneas. Sistemas como os sistemas Dahlgren e Thorne (mais recentes do que os sistemas Takhtajan e Cronquist) referem-se a este grupo pelo nome Liliidae (um nome na classificação da subclasse). Os sistemas modernos, como os sistemas APG e APG II, referem-se a esse grupo pelo nome de monocotiledôneas (um nome para um clado ). 

Em resumo, as monocotiledôneas foram nomeadas:

Monocotiledôneas no sistema de Candolle e no sistema Engler .

Monocotiledôneas no sistema Bentham & Hooker e no sistema Wettstein

Classe Liliatae e posteriormente Liliopsida no Takhtajan

Classe Liliopsida no sistema Cronquist (também no sistema Reveal ).

Subclasse Liliidae no sistema Dahlgren e no sistema Thorne (1992)

Clado monocotiledôneas no sistema APG , no sistema APG II e no sistema APG III .

Cada um dos sistemas mencionados acima usa sua própria taxonomia interna para o grupo.

Para Cronquist são planta que apresentam 1 cotilédone, feixes vasculares dispersos, partes florais tipicamente trímeras ou múltiplos de 3 quando não há redução de peças florais. Presença de raízes adventícias, ausência de crescimento secundário típico, ausência de nectários em forma de disco (receptáculo ou paredes dos carpelos) e pólen triaperturado. Derivou das Magnoliopsida  no Cretáceo ou antes razão pelo qual vários caracteres primitivos foram suprimidos nas dicotiledôneas permaneceram nas monocotiledôneas. O padrão morfológico deste grupo é bem definido. O  ancestral deve ter apresentado habitat aquático, ausência de atividade cambial, hábito herbáceo, perianto pouco especializado. A evolução das folhas é um caso notório por serem paralelinérvea, bainha invaginante mas não é pecíolo. Isso é explicado pela hipótese do filódio, que afirma que a folha de uma monocotiledônea é derivada de um pecíolo que assumiu a função de lâmina foliar e a forma achatada em plantas aquáticas. O grupo das monocotiledôneas que apresenta o maior número de caracteres derivados é o das orquídeas (Liliidae).



Sistema de classificação de Cronquist (1968).


Subclasse Alismatidae

Perianto livre;

Gineceu apocápico;

Vasos confinados à raízes;

Estames numerosos e livres;

Estômatos com duas células subsidiárias;

Pólen uniaperturado e trinucleado;

Reserva ausente;

Maioria aquática;

Nervação paralela;

1 a vários óvulos bitegumentados.

São as mais primitivas do grupo apresentando características comuns a classe Magnoliopsida (dicotiledôneas) como: presença de perianto, presença de laticíferos e nectários, gineceu com receptáculo alongado com 3 a muitos estames. 

É formada por 4 ordens (Alismatales, Hydrocharitales, Najadales e Triuridales) 16 famílias e aproximadamente 500 espécies.

Exemplos:

Família Alismataceae - Sagittaria montevidensis

Família Alismataceae - Echinodorus grandiflorus


https://jb.utad.pt/familia/Alismataceae


Família Hydrocharitaceae - Hydrocharis morsus-ranae

Família Najadaceae - Naja marine

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