Para aqueles que são amantes da natureza...

"Este cerrado é um pouco como o nosso povo brasileiro. Frágil e forte. As árvores tortas, às vezes raquíticas, guardam fortalezas desconhecidas. Suas raízes vão procurar nas profundezas do solo a sua sobrevivência, resistindo ao fogo, à seca e ao próprio homem. E ainda, como nosso povo, encontra forças para seguir em frente apesar de tudo e até por causa de tudo"

Newton de Castro


sábado, 27 de fevereiro de 2021

Precisamos conversar sobre a pandemia sob o prisma do que vem acontecendo com o meio ambiente...

São muitas as transformações ocorridas no meio ambiente nas última décadas influenciadas principalmente pelas atividades econômicas e o poder do capital. A humanidade tem ignorado, há quase quatro décadas, o anúncio das mudanças climáticas em decorrência do uso de combustíveis fósseis e emissão de gás carbônico de outras fontes, como a atividade industrial sem nenhum controle. Ainda, conta com a contribuição das queimadas criminosas, que nos últimos tempos tem consumido fauna e flora no Brasil. Aumento de temperatura global do planeta, aumento do nível do mar em função do descongelamento de geleiras e a destruição da biodiversidade são consequências diretas da mudança climática. E o que isso tudo tem a ver com a pandemia de 2020 que se estenderá por um tempo que ninguém pode prever? Tudo! Vírus e outros seres que podem vir a causar perturbações e doenças são encontrados na biodiversidade. Vivem harmonicamente em seus reservatórios biológicos há milhões ou bilhões de anos em relações estáveis. A modificação da paisagem, ocupação de áreas de florestas, queimadas e desmatamentos provocam a destruição do habitat natural desses indivíduos, perturbando a dinâmica ecossistêmica. Convívio próximo com a espécie humana reflete mudanças de comportamentos e adaptações necessárias a sobrevivência serão estabelecidas, e aí tudo pode acontecer... não se pode esquecer que os vírus em especial, são naturalmente mutantes e parasitos obrigatórios por não possuírem a maquinaria bioquímica para produzir as substâncias necessárias a manutenção da sua vida. Ele usa uma maquinaria emprestada do ser que ele parasita: bactérias, células animais e células vegetais. É claro que essa problemática não está relaciona apenas aos vírus, mas a uma série de indivíduos que mudam de comportamento quando são desalojados pelo "progresso" e passam a se comportar como vetores de doenças, fazendo ponte entre o reservatório de vírus, protistas entre outros para a espécie humana. De modo ilustrativo, pode-se citar uma série de doenças denominadas de tropicais e que são negligenciadas pelo nosso sistema de saúde pela inexistência de políticas públicas. Entre elas, doença de chagas, malária, leishmaniose, febre amarela. O que se pode concluir? O ritmo de destruição das florestas e dos habitats naturais poderão produzir doenças que dependendo das condições de contágio e virulência do indivíduo desalojado, novas epidemias, endemias ou pandemias poderão surgir mais frequentemente. E não é somente isso! A velocidade em que tem acontecido a perda da biodiversidade e os reflexos da mudança climática, compromete a prestação de serviços ecossistêmicos, que são aquele em que não se paga, pois é prestado pela própria natureza quando se tem o equilíbrio, como polinização, ciclagem de nutrientes, produção de água e a manutenção do regime hidrológico para a produção de chuvas, e até mesmo, o ecoturismo e lazer para as comunidades. Será possível atividade de agropecuária sem os serviços ecossistêmicos? É apenas uma retórica provocativa para a reflexão...

Para quem desejar aprofundar nessa relação entre meio ambiente e pandemias, recomendo a leitura do artigo do link abaixo.


 Pandemia, biodiversidade, mudanças globais e bem-estar humano



Roteiro de Aula Prática nº. 01

1.      Introdução: Descrição do microscópio fotônico

A palavra microscópio é de origem grega (micros =pequeno, scopein =observar, olhar com atenção). É um instrumento óptico que amplia a imagem de um pequeno objeto utilizando um sistema de lentes e fontes de iluminação. Todo microscópio é composto de partes mecânicas e partes ópticas, que juntas nos permitem a observação detalhada de materiais em estudo.

1.1.   Partes mecânicas: 

· Base ou pé: é o suporte do microscópio, peça que sustenta todas as outras partes do aparelho.

· Braço ou coluna: peça que liga o pé à parte superior do microscópio.

· Mesa ou platina: peça de apoio da lâmina contendo o material para estudo, no centro da mesa existe um orifício para a passagem da luz.

· Charriot: peça ligada à platina que permite movimentar a lâmina no plano horizontal da esquerda para a direita e vice-versa, e de trás para frente e vice-versa.

· Parafuso macrométrico: localiza-se em ambos os lados do braço, serve para ajustar o foco grosseiramente através de avanço ou recuo da mesa em relação à objetiva.

· Parafuso micrométrico: ajusta o foco finamente através de pequenos avanços ou recuos da mesa.

· Canhão: parte superior do microscópio constituída por um tubo contendo um prisma. Sustenta lentes objetivas e oculares, e serve para focalização do material.

· Revolver: peça onde se encaixam as lentes objetivas. É composto por um disco de ranhuras que permite a mudança das objetivas.

 

1.2.   Partes ópticas: 

· Condensador: conjunto de lentes situado abaixo da platina que concentra a luz e fornece iluminação uniforme à preparação biológica.

· Botão do condensador: permite a movimentação do condensador.

· Diafragma: regula a intensidade de luz que atinge a preparação através de uma alavanca para sua abertura ou fechamento.

· Objetivas: conjunto de 4 ou mais lentes superpostas que proporcionam aumentos diferentes para observação do material. O valor do aumento está gravado na objetiva.

· Oculares: possui 2 lentes convergentes que ampliam e corrigem os defeitos da imagem. O valor do aumento proporcionado está gravado na ocular.

 

1.3.   Os dez mandamentos do microscópio e os passos para a focalização:

Para você aproveitar todos os recursos do microscópio, deve antes se familiarizar com o aparelho e conhecer o seu funcionamento, as suas limitações e as suas finalidades.

A principal finalidade do microscópio é permitir a observação de pontos situados tão próximos um do outro que o olho desarmado não os distingue isoladamente; note que o aumento é uma característica secundária, pois, se o aparelho não tiver capacidade de separar pontos próximos (resolução), de nada adiantará promover aumentos maiores, pois só obteremos manchas ampliadas.

O microscópio óptico é um instrumento de precisão extremamente útil nas mãos de um microscopista hábil, mas necessita de alguns cuidados:

I. O microscópio deve ser tratado com o máximo cuidado;

II. Transporte o microscópio com as duas mãos, segurando-o pela base e pelo braço;

III. Após o uso, o microscópio deve ser guardado em lugar apropriado, seco e sem pó;

IV. O primeiro passo  para a observação consiste em providenciar a melhor iluminação possível sobre o objeto a ser examinado. Para isso abra totalmente o diafragma e suba o condensador ao máximo; coloque a objetiva pequena em linha de focalização, retire a ocular e, se tiver espelho, movimente-o até obter uma iluminação uniforme de todo o campo;

V. Coloque a lâmina sobre a platina do microscópio e faça o ajuste da dioptria;

VI. Sempre conserve a objetiva pequena em linha de focalização, aproxime-a ao máximo até a lâmina, usando para isso o parafuso macrométrico; sempre olhe para fora para impedir que a objetiva encoste-se à lâmina;

VII. Aplique o olho à ocular e, usando o parafuso macrométrico, afaste a objetiva até ver o objeto em foco;

VIII. Focalize mais delicadamente como o parafuso micrométrico;

IX. Se forem necessários aumentos maiores movimente o revólver colocando as objetivas de maior poder em linha de focalização; bastará um pequeno ajuste do foco com o parafuso micrométrico para que a preparação fique nítida.

X. Ao terminar, abaixe a luz e em seguida desligue-a, abaixe a mesa e retorne para a objetiva de menor alcance. Retire o plug da tomada e cubra o aparelho com a capa.



















1. Assista o vídeo: