Para aqueles que são amantes da natureza...

"Este cerrado é um pouco como o nosso povo brasileiro. Frágil e forte. As árvores tortas, às vezes raquíticas, guardam fortalezas desconhecidas. Suas raízes vão procurar nas profundezas do solo a sua sobrevivência, resistindo ao fogo, à seca e ao próprio homem. E ainda, como nosso povo, encontra forças para seguir em frente apesar de tudo e até por causa de tudo"

Newton de Castro


sábado, 13 de junho de 2020

Aula Prática 10: Observação de corte transversal em raiz de monocotiledônea e eudicotiledônea


1. Introdução:
As raízes aéreas de plantas epífitas, apresentam uma epiderme multisseriada denominada velame, que é constituída por células mortas dispostas compactamente, que têm em suas paredes um espessamento celulósico em forma de rede. O córtex é constituído por células parenquimáticas e internamente pode se encontrar a endoderme. Esta camada é caracterizada por apresentar células com as paredes fortemente aderidas por meio da estria de Caspary. A estria de Caspary é formada por um esforço em forma de fita com impregnação de suberina e lignina na parede primária da célula, impossibilitando a passagem da água entre as células. Em algumas raízes, as camadas mais externas do córtex possuem células com paredes espessadas por suberificação, formando a exoderme. Internamente encontra se o periciclo e o cilindro vascular.
2. Objetivos: Estabelecer as principais diferenças entre a organização da raiz em monocotiledônea e eudicotiledônea.
3. Materiais:
4. Procedimento:
a) Com auxilio de uma lâmina de barbear, faça cortes transversais em raízes diversas.
b) Execute o procedimento para descoloração e coloração com safrablau.
c) Prepare a lâmina e cubra com lamínula.
d) Localize e esquematize o parênquima cortical e medular, endoderme, periciclo, xilema, floema, fibras.

5. Responda:

a) Qual a função do periciclo?

b) Qual a função da endoderme?

c) O que é uma célula de passagem?

d) De que formas a raiz pode absorver a água e os sais minerais?

e) Que tipo de raiz apresenta uma epiderme pluriestratificada ou velame? 


Conteúdo:

Assistir o vídeo:

Observar as imagens abaixo

Monocotiledôneas
a. Zea mays- Família Poaceae
b. Costus sp. (Zingiberaceae)

Dicotiledôneas
c. Ricinus comunis – mamona (Euphorbiaceae) – estrutura primária

d. Ricinus comunis – mamona (Euphorbiaceae) – estrutura secundária


Biologia Celular - Atividades para tempos de Coronavírus (COVID-19)

Aulas referentes ao período de 15 a 20 de junho de 2020.

Siga os passos descritos abaixo 

Biologia Celular

Aula 1 (19/06/20 - 19:00 às 20:40): Divisão Celular: Meiose

1. Fazer a leitura do link e acompanhar a aula online através do aplicativo zoom:

2. Assistir o vídeo:

Aula 2 (20/06/20 - 13:30 às 17:00): Discussão e resolução de questões propostas.



A aula está prevista para ocorrer dia 18/06/20 e 19/06/20 e estarei disponível para discussão e resolução de qualquer dúvida pelo WhatsApp ou pelo aplicativo Zoom nos horários da aula. Com a readequação do calendário escolar, o segundo bimestre será encerrado em 27 de junho de 2020. 
A entrega da atividade deverá ocorrer até 23 de junho de 2020 em arquivo a ser enviado para o email katya@unifimes.edu.br com o título: Biologia Celular - nome do acadêmico - 23 de junho 
Ex: Biologia Celular - Osvaldo Cruz - 23 de junho

sábado, 6 de junho de 2020

Aula Prática 10: Observação de divisão celular em célula vegetal

1. Introdução:
O estudo clássico da divisão celular estabelece duas etapas no ciclo celular; de um lado aquela em que a célula se divide originando duas células descendentes e que é caracterizada pela divisão do núcleo (mitose) e a divisão do citoplasma (citocinese). A etapa seguinte, em que a célula não apresenta mudanças morfológicas, é compreendida no espaço entre duas divisões celulares sucessivas e foi denominada de interfase (com três fases G1, S, G2). A mitose (do grego: mitos = filamento) é um processo de divisão celular, característico de todas as células somáticas vegetais e animais. É um processo continuo que é dividido em 5 fases: Prófase, metáfase, anáfase, telófase, nas quais ocorrem grande modificações no núcleo, e a citocinese na qual apresenta-se a divisão do citoplasma. Prófase: caracteriza-se pela contração dos cromossomos, que tornam-se mais curtos e grossos devido ao processo de enrolamento ou helicoidização. O nucléolo desaparece e os centríolos ou centrossomos, que foram duplicados durante a interfase, migram um par para cada pólo celular. Metáfase: O envoltório nuclear desaparece por completo. Nesta fase os cromossomos duplos ocupam o plano equatorial do aparelho mitótico. Os cromossomos adotam uma orientação radial, formando a placa equatorial. Os cinetócoros das duas cromátides estão voltados para os pólos opostos. Ocorre um equilíbrio de forças. Anáfase: Inicia-se quando os centrômeros tornam-se funcionalmente duplos. Com a separação dos centrômeros, as cromátides separam-se e iniciam sua migração em direção aos pólos. O centrômero precede o resto da cromátide. Os cromossomos são puxados pelas fibras do fuso e assumem um formato característico em V ou L dependendo do tipo de cromossomo. A anáfase caracteriza-se pela migração polar dos cromossomos. Telófase: A telófase inicia-se quando os cromossomos-filhos alcançam os pólos. Os microtúbulos (MT) cinetocoricos desaparecem e os MT polares alongam-se. Os cromossomos começam a se desenrolar, num processo inverso a Prófase. Estes cromossomos agrupam-se em massas de cromatina que são circundadas pôr cisternas de Retículo endoplasmático (RE), os quais se fundem para formar um novo envoltório nuclear. Citocinese: É o processo de clivagem e separação do citoplasma. A citocinese tem inicio na anáfase e termina após a telófase com a formação das células filhas. Em células animais forma-se uma constrição, ao nível da zona equatorial da célula mãe, que progride e estrangula o citoplasma. Esta constrição é devida a interação molecular de actina e miosina e microtúbulos. Reaparecem os nucléolos. Como resultado de uma divisão mitótica teremos duas (2) células filhas com numero de cromossomos iguais a da célula mãe.

2. Objetivo: diferenciar as etapas do ciclo celular e as fases da mitose em tecidos vegetais.

3. Material:

4. Procedimento:
a. Levar ao microscópio fotônico, lâminas fixadas e fazer a observação nas objetivas disponíveis;
b. Identificar e registrar através de desenhos esquemáticos as fases da divisão celular por mitose.

5. Resultados e discussão:
a. Qual etapa do ciclo celular é mais frequente? Explique.
b. Nas metáfases é possível reconhecer número, forma e tamanho dos cromossomos. Por quê? Explique.

Conteúdo:

Vídeo:

Analise e identifique as imagens


Observação de caule em eudicotileônea

a. Mikania sp. – guaco (Asteraceae) – estrutura primária

b. Mikania sp. – guaco (Asteraceae) – estrutura secundária












c. Cucurbita sp. – abóbora (Cucurbitaceae) estrutura primária – feixes bicolateriais











Fonte das imagens:
http://www.ccb.uem.br/venda-de-laminas/laminas


segunda-feira, 1 de junho de 2020

Atividade sobre hormônios vegetais



1. Fazer a leitura do artigo e responder as questões propostas:

Efeitos dos maturadores químicos na cultura da cana-de-açúcar (Saccharum spp.)
http://www.nucleus.feituverava.com.br/index.php/nucleus/article/view/265/322

1. O que são maturadores e para que servem?
2. Qual o mecanismo de ação dos maturadores?
3. Descreva as vantagens no uso de maturadores químicos.
4. Explique o que vem a ser chochamento ou isoporização?
5. Após a leitura da revisão bibliográfica complete o quadro abaixo:



Maturadores
Mecanismo de ação relatado
Vantagens
Desvantagens
Glifosato



Etefon



Sulfometuron-metil



Diquat/paraquat








Sugestões de atividades para o ensino das Ciências da natureza no Ensino Infantil


Disciplina: Fundamentos de Ciências na Educação Infantil de 1º ao 5º ano

Disciplina de Ciências na Base Nacional Comum Curricular: Sugestões de atividades para o ensino das Ciências da natureza no Ensino Infantil

Livro:
Capítulo I: Movimento (páginas 16 a 39)
Capítulo II: Caminhos para o desemparedamento e para a implementação de pátios escolares naturalizados (páginas 40 a 79)
Capítulo III: Por que é importante brincar e aprender  com a – e na – natureza na escola? (páginas 80 a 89)
Capítulo IV: Inspiração (páginas 90 a 103)

2. Assistir os vídeos:

3. Visite o site e baixe os 4 livros:


domingo, 31 de maio de 2020

Aula Prática 09: Observação de corte transversal em caule de monocotiledônea e eudicotiledônea.


1. Introdução:
A epiderme dos caules pode apresentar diferentes tipos de tricomas, e os estômatos ocorrem em menor número que nas folhas. No córtex, normalmente encontram-se os tecidos de sustentação e parênquima, muitas vezes clorofiliano. O estelo representa a coluna central do caule e da raiz em estrutura primária, formada por tecidos vasculares e parenquimáticos. Nas eudicotiledôneas é encontrada a organização denominada eustelo, caracterizado por apresentar parênquima no centro do cilindro vascular (medula) e feixes vasculares dispostos de forma concêntrica. Nas monocotiledôneas, o sistema vascular é formado é formado por feixes vasculares dispersos no parênquima, denominados atactostelo.
2. Objetivos: Estabelecer as principais diferenças entre a organização dos feixes vasculares em caule de monocotiledônea e eudicotiledônea.
3. Materiais: Análise de imagens de cortes transversais de caules das duas classes (monocotiledôneas e eudicotiledône).
4. Procedimento:
a) Com auxílio de uma lâmina de barbear, faça cortes transversais em caules fornecidos.
b) Execute o procedimento para descoloração e coloração com safrablau.
c) Prepare a lâmina e cubra com lamínula.
d) Localize e esquematize o Xilema, floema, fibras, parênquima cortical e medular.

Conteúdo: 
Tecido Vascular

Assistir o vídeo:
Tecidos vasculares: Xilema
Tecido vascular: Floema

Observar as imagens abaixo de caules de monocotiledônea

1. Zea mays – milho (Poaceae)

2. Cordilyne sp. – caule

3. Cordilyne sp. – caule

Fonte das imagens
http://www.ccb.uem.br/venda-de-laminas/laminas

Cortes de caules de eudicotiledônea

Responda:
a) Qual a função do xilema e quais são os tipos celulares?
b) Qual a função do floema e quais são os tipos celulares?
c) Quais as diferenças na organização dos feixes vasculares em mono e dicotiledôneas? 
d) Quais as principais consequências de cada tipo de organização?


Aula Prática 09: Isolando o DNA


1. Introdução:

A extração de DNA de células eucarióticas consta de três etapas: 1. ruptura das células para a liberação do núcleo; 2. desmembramento dos cromossomos em seus componentes básicos, DNA e proteínas; 3. separação do DNA e dos componentes celulares. O bulbo da cebola ou morangos são usado por apresentar células grandes, que se rompem quando picada/macerados liberando o DNA. Um dos componentes do detergente, o dodecil (ou lauril) sulfato de sódio, desnatura proteínas, separando-as do DNA cromossômico. O álcool gelado, em ambiente salino, faz com que as moléculas de DNA se aglutinem, formando uma massa filamentosa e esbranquiçada.

2. Objetivo: Observar moléculas de DNA desnaturado comprovando a sua existência.

3. Material:

4. Métodos:

a. Colocar os morangos maduros dentro de um saco plástico e macerá-los pressionando os morangos com os dedos até obter uma pasta quase homogênea. Transferir a pasta de morango para um copo.

b. Em outro copo misturar 150 ml de água, uma colher (sopa) de detergente e uma colher (chá) de sal de cozinha. Mexer bem com o bastão de vidro, porém devagar para não fazer espuma.

c.Colocar cerca de 1/3 da mistura de água, sal e detergente sobre o macerado de morango. Misturar levemente com o bastão de vidro.

d.Incubar em temperatura ambiente por 30 minutos. Mexer de vez em quando com o mesmo bastão.

e. Colocar uma peneira sobre um copo limpo e passar a mistura pela peneira para retirar os pedaços de morango que restaram.

f. Colocar metade do líquido peneirado em um tubo de ensaio. Colocar apenas cerca de 3 dedos no fundo do tubo.

g. Despejar delicadamente no tubo (pela parede do mesmo), sobre a solução, dois volumes de álcool comum. Não misturar o álcool com a solução. Aguardar cerca de 3 minutos para o DNA começar a precipitar na interfase.

h. Usar um palito de vidro, plástico ou madeira para enrolar as moléculas de DNA. Gire o palito na interface entre a solução e o álcool.

5. Resultados e Discussão

1. Por que é necessário macerar o material?

2. Em que etapa do procedimento ocorre o rompimento das membranas das células do morango? Explique.

3. Qual a função do sal de cozinha?

4. Qual o papel do álcool?

5. Por que você não pode ver a dupla hélice do DNA extraído?

6. Considerando os procedimentos da extração do DNA genômico, você espera obtê-lo sem quebras mecânicas e/ou químicas?

7. O precipitado é apenas DNA?

Conteúdo:

Vídeo:



sexta-feira, 22 de maio de 2020

Aula Prática 08: Observação do mesofilo de eudicotileônea



1. Introdução:

A folha das espécies da classe eudicotiledônea varia na forma das células que compõem o mesofilo (tecido fundamental da folha). Existe diferenciação do parênquima foliar em parênquima paliçádico e lacunoso sendo organizado de duas formas diferentes: mesofilo dorsiventral (parênquima paliçádico voltado para a face adaxial e parênquima lacunoso voltado para a face abaxial) e o mesofilo isobilateral (parênquima paliçádico voltado para as duas faces tendo o parênquima lacunoso no meio).

2. Objetivos: Identificar o mesofilo dorsiventral e o mesofilo isobilateral.

3. Materiais: 

4. Procedimento:

a) Com auxilio de uma lâmina de barbear, faça cortes transversais em folhas de eudicotiledôneas.

b) Execute o procedimento para descoloração e coloração com safrablau.

c) Prepare a lâmina e cubra com lamínula.

d) Localize e esquematize estômatos, tricomas, colênquima, xilema, floema, fibras, parênquimas.

5. Responda:

a) Explique o motivo da folha apresentar organização do mesofilo diferentes.

b) As fibras podem ou não estar presentes ao longo dos feixes vasculares. Por quê? Quais as consequências?

c) Que tipos de materiais podem ser encontrados armazenados nos mesofilos? Quais as suas funções?

d) Classifique os mesofilos apresentados abaixo.


Conteúdo:


Observar as imagens.

a. Coffea arabica - Rubiaceae


b. Nerium oleander - Apocynaceae


c. Corymbia sp. - Myrtaceae


Biologia Celular - Atividades para tempos de Coronavírus (COVID-19)

Aulas referentes ao período de 25 a 30 de maio de 2020.
Siga os passos descritos abaixo

Biologia Celular

Aula 1 (29/05/20 - 19:00 às 20:40): Citosol e organelas microtubulares

1. Fazer a leitura do link e acompanhar a aula online através do aplicativo zoom:
Citosol e organelas microtubulares

2. Assistir o vídeo:
Citoesqueleto

Aula 2 (30/05/20 - 13:30 às 17:00): Citosol e organelas microtubulares

1. Acompanhar a aula online através do aplicativo zoom e preencher  relatório de aula prática número 09.

2. Assistir o vídeo:
Amoeba eats paramecia

Ciclose em célula epidérmica de Tradescantia zebrina





A aula está prevista para ocorrer dia 29/05 e 30/05/20 e estarei disponível para discussão e resolução de qualquer dúvida pelo WhatsApp ou pelo aplicativo Zoom nos horários da aula.
Com a readequação do calendário escolar, o segundo bimestre será encerrado em 27 de junho de 2020. 
A entrega da atividade deverá ocorrer até 06 de junho de 2020 em arquivo a ser enviado para o email katya@unifimes.edu.br com o título: Biologia Celular - nome do acadêmico - 06 de junho 
Ex: Biologia Celular - Osvaldo Cruz - 06 de junho

sábado, 16 de maio de 2020

Aula Prática 07 - Observação do mesofilo de monocotiledônea


1. Introdução:

A folha das espécies da classe monocotiledônea varia na forma das células que compõem o mesofilo (tecido fundamental da folha). Não existe diferenciação do parênquima foliar em parênquima paliçádico e lacunoso sendo denominado de mesofilo homogêneo. Podem apresentar espessamentos em barra ou em rede no caso das orquídeas, epiderme com muitos tipos celulares (tricomas e células buliformes). O esclerênquima pode ser bem desenvolvido com apresentação de fibras extra xilemáticas. Na Família Poaceae pode ainda ser visualizada uma bainha radial ao redor do feixe vascular denominada de Anatomia Kranz ou bainha perivascular que identifica vegetais que fazem fotossíntese via C4.

2. Objetivos: Identificar o mesofilo homogêneo e a bainha perivascular.

3. Materiais: 

4. Procedimento:

a) Com auxilio de uma lâmina de barbear, faça cortes transversais em folhas de monocotiledôneas.

b) Execute o procedimento para descoloração e coloração com safrablau.

c) Prepare a lâmina e cubra com lamínula.

d) Localize e esquematize células buliformes, tricomas, colênquima, Xilema, floema, fibras, parênquima e anatomia Kranz.

5. Responda:

a) Qual o tipo de mesofilo?

b) Qual a função das células buliformes?

c) Classifique os tipos de fibras observadas.

d) Explique o que é anatomia Kranz.


Vídeo:

Observar as imagens
a. Zea may

b. Cattleya walkeriana

Folha e variações na estrutura geral



As folhas das gimnospermas apresentam estrutura menos variável do que a das angiospermas. Dentre as gimnospermas, as coníferas compreendem o maior número de espécies e os pinheiros foram estudados com maior frequência. Assim utilizou-se folha de Pinus sp. como base para este estudo. 
A folha acicular de Pinus sp. possui epiderme com cutícula espessa, células de paredes grossas e estômatos em depressão. 
Os estômatos dispõem-se em fileiras verticais e em todas as faces da folha. Abaixo da epiderme ocorre uma hipoderme esclerificada interrompida nos locais onde se situa a câmera subestomática. O mesofilo é constituído por parênquima clorofiliano, relativamente homogêneo, cujas células apresentam paredes com dobras ou invaginações – mesofilo plicado. Na região do mesofilo, observa-se um número variável, de acordo com a espécie, de ductos resiníferos. No limite interno do mesofilo ocorre a endoderme, camada regular de células incolores que podem apresentar estrias de Caspary nos estádios iniciais, ou parede espessada nos estádios mais tardios. 
Entre o feixe vascular e a endoderme há um tecido peculiar – tecido de transfusão – constituído por traqueídes e células parenquimáticas. Na parte central da folha, o tecido vascular forma um ou dois feixes, com o xilema (traqueídes) voltado para a face adaxial e o floema (células crivadas) para a abaxial. 
Em outras gimnospermas ocorrem muitas das características estruturais observadas nas folhas de Pinus sp., mas nem sempre essas características estão presentes.





Alguns gêneros apresentaram estômatos apenas na face abaxial da folha (Cycas sp.). A hipoderme esclerificada pode estar ausente, ou ocorre apenas na face adaxial (Cycas sp.), ou pode ter espessura de até cinco camadas de células (Araucaria sp). A maioria das gimnospermas não apresenta mesofilo plicado e, em certos gêneros, como Sequoia sp., Cycas sp., Araucaria sp., é diferenciado em parênquima paliçádico e parênquima lacunoso. Em certas coníferas, como espécies de Junioerus sp, Sequoia sp. e Araucaria sp., não ocorre endoderme diferenciada e sim uma bainha de parênquima entre o mesofilo e o cilindro vascular. O tecido de transfusão ocorre associado aos dois lados do tecido vascular (Cycas sp.) ou apenas em um arco, lateralmente ao xilema. Os feixes vasculares, ao invés de um ou dois, podem ocorrer um em cada folíolo (folha composta), como em Cycas sp., ou muitos feixes vasculares (Araucaria sp.). 
As folhas que apresentam cutícula não muito espessa, uma ou mais camadas de parênquima paliçádico e estômatos na epiderme inferior ou em ambas, normalmente crescem em clima tropical ou com temperaturas não muito elevadas. Tais regiões descritas como regiões de ótima distribuição das águas ou regiões agricultáveis. As plantas que vivem nestes ambientes são denominadas mesófitas. 
Existem plantas que vivem em condições extremas de suprimento de água. Com base nesta relação água-planta, as plantas podem ser classificadas em: a) hidrófitas: aquelas que crescem parcial ou completamente submersas em água, exigindo, portanto grande suprimento de umidade; b) mesófitas: plantas que necessitam de abundante disponibilidade de água no solo, bem como de atmosfera relativamente úmida; c) xerófitas: são plantas que vivem em ambiente seco, com pouca ou grande deficiência hídrica. As características anatômicas típicas das plantas descritas anteriormente são denominadas, respectivamente, de hidromórficas; mesomórficas; e xeromórficas, e são acentuadamente evidentes nas folhas. 
Um dos caracteres mais marcantes das plantas xerófitas é a presença de folhas pequenas e compactas, em virtude da baixa proporção existente entre a superfície foliar externa/volume. Este caráter está associado a certas mudanças na lâmina foliar, como maior densidade de estômatos e do sistema vascular; parênquima paliçádico mais desenvolvido que o lacunoso, podendo ocorrer em ambas as faces da folha; e pequeno volume de espaço intercelular. Além destes, constituem caracteres xeromóficos os seguintes: tricomas numerosos, cutícula espessa, epiderme múltipla, cujas células são pequenas e constituem-se as paredes espessas; alta frequência de estômatos na face abaxial, ocorrendo em cavidades (criptas), em ranhuras ou sulcos, limitados por pelos epidérmicos; e presença de reforços mecânicos, representados pelo esclerênquima abundante, principalmente fibras que atuam para reduzir os efeitos danosos produzidos pelo murchamento. 
Diversos fatores ambientais podem induzir diferentes graus de xeromorfia ou intensificar características xeromórficas. Entre eles tem-se: alta intensidade de luz, deficiência de água, deficiência de nutrientes, temperatura baixa e excesso de salinidade no solo, como nas plantas halófitas.



As características estruturais mais notáveis das folhas de hidrófitas são redução dos tecidos de sustentação, epiderme com cutícula muito fina, decréscimo na quantidade do tecido vascular (especialmente xilema) e presença de câmara de ar (aerênquima). Folhas imersas, como as de Elodea sp., são desprovidas de estômatos, e as células epidérmicas podem conter cloroplastos. Nas folhas aquáticas flutuantes, os estômatos são encontrados na epiderme superior.




Muitas plantas que vivem em ambientes intermediários podem apresentar algumas estruturas xeromóficas, muito embora estejam crescendo em ambientes com certa disponibilidade de água.
As folhas das monocotiledôneas variam em forma e estrutura e algumas lembram as das eudicotiledôneas, como a folha de bananeira, que é dorsiventral, com várias camadas de paliçádico e um parênquima lacunoso com amplas cavidades de ar. Além da estrutura das gramíneas, que apresentam o parênquima clorofiliano ao redor dos feixes, outras apresentam mesofilo homogêneo.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Disciplina de Ciências na Base Nacional Comum Curricular: Habilidades (anos finais)

Ciências no ensino fundamental - Anos finais: Unidades temáticas, objetos de conhecimentos e habilidades.

Nos anos finais do Ensino Fundamental, a exploração das vivências, saberes, interesses e curiosidades dos alunos sobre o mundo natural e material continua sendo fundamental. Todavia, ao longo desse percurso, percebem-se uma ampliação progressiva da capacidade de abstração e da autonomia de ação e de pensamento, em especial nos últimos anos, e o aumento do interesse dos alunos pela vida social e pela busca de uma identidade própria. Essas características possibilitam a eles, em sua formação científica, explorar aspectos mais complexos das relações consigo mesmos, com os outros, com a natureza, com as tecnologias e com o ambiente; ter consciência dos valores éticos e políticos envolvidos nessas relações; e, cada vez mais, atuar socialmente com respeito, responsabilidade, solidariedade, cooperação e repúdio à discriminação. Nesse contexto, é importante motivá-los com desafios cada vez mais abrangentes, o que permite que os questionamentos apresentados a eles, assim como os que eles próprios formulam, sejam mais complexos e contextualizados. Além disso, à medida que se aproxima a conclusão do Ensino Fundamental, os alunos são capazes de estabelecer relações ainda mais profundas entre a ciência, a natureza, a tecnologia e a sociedade, o que significa lançar mão do conhecimento científico e tecnológico para compreender os fenômenos e conhecer o mundo, o ambiente, a dinâmica da natureza. Além disso, é fundamental que tenham condições de ser protagonistas na escolha de posicionamentos que valorizem as experiências pessoais e coletivas, e representem o autocuidado com seu corpo e o respeito com o do outro, na perspectiva do cuidado integral à saúde física, mental, sexual e reprodutiva.

























































































































Referência:




Propostas para trabalhar as ciências da natureza: